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Catálogo TECNIQUITEL - UVEX

O Paradoxo da Escolha do Cancro da Pele

As alterações climáticas em curso trouxeram para a ribalta este tema de importância crucial para a saúde de todos nós, com especial enfoque nos postos de trabalhos expostos aos raios solares, porque as medidas preventivas a adotar são uma obrigação legal por parte das entidades empregadoras, tendo em conta o plasmado na Diretiva SST e Constituição da República Portuguesa Artº 59, considerados cuidados de saúde primários.

Assim mesmo, para destruir o paradoxo da escolha que nos é imposto por via da oferta tão diversificada, importa por isso saber o que está em causa e dispor de todos os elementos necessários para boa decisão do que selecionar em termos de produtos e procedimentos a adotar, para não se cometerem erros baseados em crenças ou preconceitos, pondo assim em risco a saúde de terceiros.

Decisões Difíceis na Saúde Ocupacional

A prevenção do desenvolvimento da doença radica no uso de protetores solares adequados à função, devidamente reconhecidos e registados, produzidos pela indústria farmacológica segundo os padrões do Ato de Cosmética Europeu, no caso vertente para uso profissional e não pessoal ou recreativo, de uso voluntário, normalmente vendidos em farmácias e supermercados e que não cumprem as exigências mínimas dos contextos de trabalho.

Como abaixo dito os raios ultravioletas A e B são os principais causadores do cancro da pele, mas também os C, emitidos em determinados processos industriais, como p.e. a soldadura a eletrogéneo, são muito perigosos e regra geral não são filtrados pelos cremes protetores formulados para uso recreativo.

Estes produtos são oferecidos pelo mercado com fatores de proteção 30, 50 ou +50, que indicam o tempo de exposição ao sol em minutos que a pele leva para atingir a condição de vermelhidão.

Estes filtros são na sua essência uma barreira física aplicada sobre a pele, para absorverem e refletirem os raios UV nos diferentes comprimentos das ondas eletromagnéticas.

Cada produto disponível no mercado, de acordo com a sua formulação química, merece depois uma classificação de eficiência no desempenho da proteção, expressa numa escala de %, que varia de 60 a 100%, sendo que os produtos da Physioderm mereceram uma classificação de eficiência de 98%, avaliada pelas autoridades e por si publicada para conhecimento público.

Os protetores solares para uso profissional existem em duas formas distintas, nomeadamente na forma líquida e em cremes, o primeiro mais fácil de aplicar, sobretudo em zonas pilosas (homens) com o mesmo grau de eficácia na proteção contra os raios UV.

Apresentam-se, regra geral, em embalagens de 200ml para atomização e em tubos de 50 ou 100ml, os cremes, ou em embalagens de 1000ml, para dispensa por doseadores fixos.

Tendo em conta a necessidade de aplicações de 2 em 2 ou 4 em 4 horas na pele. É de todo recomendável, para trabalhadores móveis e que trabalhem ao ar livre, a opção por atomizadores ou tubos (bisnagas) em detrimento dos doseadores, que restringem esta boa prática de uso e aplicação.

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Não raramente surge, contudo, o falso receio por parte das empresas, que os trabalhadores os levem para casa para uso fora dos horários de trabalho, a expensas da entidade empregadora, ou mesmo para protegerem outros membros da família.

Veja também o nosso artigo Trabalhar ao Ar Livre sem Proteção aumenta risco de Cancro de Pele

Tais receios consideram-se infundados ou redutores, pois a preocupação deve radicar na proteção a todo o momento dos malefícios dos raios UV, pois as pessoas tanto adoecem devido à exposição solar durante o trabalho como fora dele, não se cumprindo assim o propósito essencial, ou seja: prevenir as doenças, para se contar com o seu trabalho.

Mesmo se forem usados por familiares, este facto também deve ser considerado como positivo, pois é sinal de que a prevenção está interiorizada. Tanto mais que se a doença manifestar, os empregadores serão confrontados, e pagarão, pelos riscos psicossociais emergentes nos seus colaboradores.

Na forma de atomizadores, ou tubos, o controlo dos consumos e consequentemente a sua dispensa, conhecendo-se a utilização diário média, na ordem dos 8 a 10ml/dia é simples, pois bastará fazer este controlo, sem, contudo, restringir a dispensa,

De qualquer forma, consumos mais intensos não são fatores críticos pois os seus custos são despiciendos e devem ser entendidos como custos sociais que as empresas devem estar disponíveis para suportar em seu próprio benefício e interesse.

O fator mais importante neste processo e plano de prevenção é garantir que os protetores solares são usados de forma correta e extensiva, uma preocupação dos serviços de medicina e segurança ocupacional.

CANCRO DA PELE NÃO-MELANOMA

• O Cancro

• Tipos de Cancro

• Cancro da Pele Não-Melanoma

O Cancro da Pele Não-melanoma

O cancro de pele tem origem nas células, a unidade básica do organismo. Normalmente, as células da pele crescem e dividem-se para dar lugar a novas células.

Diariamente, as células da pele envelhecem e morrem e são substituídas por novas células. Por vezes, este processo sistemático corre mal, formando-se novas células sem que a pele tenha necessidade delas, e sem que as células envelhecidas morram quando deviam. Este excesso de células pode formar uma massa de tecido designada por neoplasia ou tumor.

As neoplasias ou tumores podem ser benignas ou malignas:

• As neoplasias benignas não são cancro:

• As neoplasias benignas raramente põem a vida em risco.

• Geralmente, as neoplasias benignas podem ser removidas e não costumam voltar a crescer.

• As células das neoplasias benignas não invadem os tecidos adjacentes.

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• As células das neoplasias benignas não se espalham para outras partes do organismo.

• As neoplasias malignas são cancro:

• As neoplasias malignas são geralmente de maior gravidade do que as neoplasias benignas e podem ser fatais. Contudo, os dois tipos de    cancro de pele mais comuns provocam apenas uma em cada mil mortes por cancro.

LER:  Benefícios da Segurança Conectada num Espaço Confinado

• Regra geral, as neoplasias malignas podem ser removidas, embora possam voltar a crescer.

• As células das neoplasias malignas podem invadir e danificar os tecidos e órgãos adjacentes.

• As células das neoplasias malignas podem alastrar para outras partes do corpo. À disseminação do cancro dá-se o nome de metastização.

Tipos Cancro da Pele Não-Melanoma

Os cancros de pele são designados de acordo com o tipo de células que se tornam cancerígenas.

Os dois tipos de cancro de pele não-melanoma mais comuns são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, pavimentoso ou epidermoide. Este tipo de carcinomas tende a aparecer na cabeça, na face, no pescoço, nas mãos e nos braços, as áreas mais expostas ao sol. Porém, o cancro de pele pode surgir em qualquer parte do corpo.

O carcinoma basocelular ou basalioma cresce lentamente. Aparece com frequência em áreas da pele que estiveram expostas ao sol, sendo mais comum na face. O carcinoma basocelular raramente se espalha para outras partes do organismo.

O carcinoma pavimentoso ou espinocelular também se desenvolve em áreas da pele que estiveram expostas ao sol. Pode, no entanto, aparecer em locais não expostos ao sol. O carcinoma espinocelular pode atingir os gânglios linfáticos e alguns órgãos.

Se o cancro de pele se disseminar do seu local de origem para outra parte do organismo, a nova neoplasia tem o mesmo tipo de células anormais, sendo designada por metástase do carcinoma da pele que lhe deu origem.

Veja o nosso post sobre A Transcendência da Pele no Contexto Laboral

A Pele

A pele é o órgão mais extenso do corpo. Protege do calor, da luz, dos ferimentos e das infeções e ajuda a controlar a temperatura do corpo, para além de armazenar água e gordura. A pele também produz vitamina D.

A pele é constituída por duas camadas:

Epiderme:  A epiderme é a camada superior da pele. É constituída por células planas, as células pavimentosas. Por baixo das células pavimentosas, situadas na parte mais profunda da epiderme, encontram-se umas células de forma arredondada designadas por células basais. O pigmento (cor) da pele é produzido por umas células chamadas melanócitos, que se localizam na parte inferior da epiderme.

Derme:  A derme está localizada por baixo da epiderme. Contém vasos sanguíneos, vasos linfáticos (por onde circula a linfa) e glândulas. Algumas destas glândulas produzem suor, que ajuda a arrefecer o corpo, outras produzem sebo, uma substância oleosa que ajuda a manter a pele hidratada. O suor e o sebo atingem a superfície da pele através de pequenos orifícios designados por poros.

O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave. Em Portugal surgem, anualmente, cerca de 1500 novos casos de melanoma. Nos países ocidentais, todos os anos o melanoma tem aumentado.

LER:  Descubra tudo o que precisa de saber sobre Saúde Ocupacional

O que é o Melanoma?

O melanoma é um tipo de cancro de pele. Tem início nas células da pele, os melanócitos. Para perceber o melanoma, é útil conhecer a pele e os melanócitos: qual a sua função, como crescem e o que acontece, quando se tornam cancerígenos.

Melanócitos e Sinais

Os melanócitos produzem melanina, o pigmento que dá à pele a sua cor natural. Quando a pele é exposta ao sol, os melanócitos produzem mais pigmento, fazendo com que a pele bronzeie, ou seja, escureça.

Por vezes, surgem umas proeminências de grupos de melanócitos e de tecido circundante, chamados sinais. Os sinais são muito comuns. A maioria das pessoas tem 10 a 40 sinais.

Os sinais podem ser rosados, castanhos-claros ou escuros, ou de uma cor muito parecida com o tom normal da pele. As pessoas de pele escura tendem a ter sinais escuros.

Os sinais podem ser achatados ou volumosos. São, geralmente, redondos ou ovais e mais pequenos do que a borracha de um lápis; podem estar presentes desde o nascimento ou aparecer mais tarde – geralmente antes dos 40 anos. Tendem a desaparecer nas pessoas mais velhas. Quando os sinais são removidos cirurgicamente, normalmente não voltam a aparecer.

Melanoma

O melanoma surge quando os melanócitos (células pigmentares) se tornam malignos. A maioria das células pigmentares encontra-se na pele; quando o melanoma tem início na pele, a doença chama-se melanoma cutâneo.

O melanoma pode, também, ocorrer nos olhos (melanoma ocular ou melanoma intraocular). O melanoma raramente surge nas meninges, no aparelho digestivo, nos gânglios linfáticos ou noutras áreas onde há melanócitos. Os melanomas com origem noutras zonas, que não a pele, não serão aqui abordados.

O melanoma é um dos tipos de cancro mais comum. A probabilidade de desenvolver melanoma aumenta com a idade, embora a doença afeta pessoas de todas as idades.

Pode ocorrer em qualquer superfície da pele. Nos homens, o melanoma encontra-se, muitas vezes, no tronco (zona entre os ombros e as ancas), ou na cabeça e pescoço.

Nas mulheres, desenvolve-se muitas vezes na zona inferior das pernas. A ocorrência de melanoma, na raça negra e noutras raças com pele escura, é rara; quando se desenvolve em pessoas de pele escura, tende a ocorrer sob as unhas dos pés e mãos, na palma das mãos ou planta dos pés.

Quando o melanoma se espalha, ou dissemina, podem aparecer células cancerígenas nos gânglios linfáticos vizinhos. Os gânglios linfáticos “captam” bactérias, células cancerígenas ou outras substâncias nocivas, que possam estar presentes no sistema linfático. Se o tumor atingiu os gânglios linfáticos, pode significar que as células cancerígenas se espalharam já para outras partes do corpo, tal como o fígado, pulmões ou cérebro. Neste caso, as células cancerígenas do “novo tumor” são, ainda, células de melanoma, e a doença chama-se melanoma estatizado, e não cancro do fígado, do pulmão ou do cérebro (sistema nervoso central).

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Rangel Gomes
Director Geral na TECNIQUITEL
4 de Junho de 2025

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