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8 Mitos sobre Trabalhos em Altura que devem ser desmistificados

Infelizmente, não é raro surgirem Mitos sobre Trabalhos em Altura que podem ser extremamente perigosos e prejudiciais.

Considera-se como um risco de queda qualquer lugar onde uma pessoa pode cair de um nível para outro. As quedas de altura podem levar a lesões graves e a fatalidades. Em Portugal, segundo dados fornecidos pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) nestes 3 últimos anos, morreram por ano em média 32 pessoas por quedas em altura no trabalho.

As estatísticas sobre trabalho em altura segundo a ACT mostram que entre 1 de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2022, ocorreram 411 acidentes de trabalho mortais, dos quais, 97 tiveram origem em queda por altura.

Esta é assim uma realidade grave e que torna premente a consciencialização de todos os envolvidos. Por isso mesmo existem várias exigências que pendem sobre as empresas e entidades, como por exemplo providenciar proteção de beirais, incluindo corrimãos, barreiras e equipamentos de proteção antiquedas.

Na verdade já falamos sobre este tema no nosso blog, nomeadamente no artigo Como Escolher um Arnês de Segurança para Trabalhos em Altura, por ser realmente importante. Mas para este artigo destacamos 8 mitos sobre trabalhos em altura que são essenciais desmistificar para a correta implementação de práticas mais seguras.

Descubra agora 8 Mitos sobre Trabalhos em Altura

1 – É apenas um trabalho rápido

Não importa a duração do trabalho – dois minutos ou o dia todo – os empregadores devem providenciar equipamentos de proteção contra quedas compatíveis. Deve também haver uma avaliação de riscos e um plano de resgate antes de qualquer atividade de trabalhos em altura.

O Equipamento de Proteção Individual (EPI) para prevenção de quedas deve estar disponível para ser usado, na eventualidade de ocorrer uma queda. Infelizmente tem havido alguns acidentes recentes por quedas em que os trabalhadores descartaram o EPI de proteção contra quedas em altura para depois concluírem a tarefa em falta.

2 – Eu não fico assim tão alto lá em cima

Muitas quedas acontecem devido a trabalhos em alturas relativamente baixas. Apesar de se poder estar a trabalhar apenas a alguns metros acima do solo, uma queda deste género pode mesmo assim resultar em lesões graves. As quedas podem acontecer, por exemplo, quando se acede e sai de máquinas, edifícios e estruturas.

A forma mais eficaz de proteger os trabalhadores do risco de queda é eliminar a necessidade de trabalhar em altura. O projeto, fabrico ou modificação de qualquer planta ou estrutura pode afetar significativamente o risco de quedas.

Assim um projeto com conceção ponderada e uma consideração precoce acerca do risco potencial de quedas pode resultar na eliminação de tais riscos.

3 – A proteção contra quedas é demasiado dispendiosa

Os empregadores podem pensar que incluir a implementação de medidas de prevenção contra quedas no seu projeto é um custo adicional desnecessário. No entanto, os custos de uma fatalidade ou lesão grave podem chegar a centenas de milhares de euros.

Existem taxas de investigação, franquias de seguros, multas, custos com indemnização dos trabalhadores, publicidade negativa, perda de produtividade e possibilidade de prisão em caso de negligência adjacente a este tipo de acidentes.

Um investimento em equipamentos especializados de proteção contra quedas, testes regulares de conformidade, assim como a formação em trabalhos em altura, evitará acidentes com lesões potencialmente fatais ou lesões que podem mudar a vida.

4 – O arnês de segurança protege-me

Quando utilizar arneses de segurança, a distância de queda deve ser corretamente calculada e deve garantir que as cordas de segurança e linhas de vida tenham os comprimentos corretos. Em caso de queda, não vai querer entrar em contacto com as estruturas antes que o seu EPI tenha a oportunidade de o proteger.

Existem maneiras de calcular a distância de segurança ao instalar linhas de vida e cordas de segurança. Meça a distância de queda livre, adicione a distância de paragem da queda e esteja atento ao alongamento da corda de segurança e do arnês. Depois, acrescente um pouco mais para ser seguro.

5 – Trabalhar em altura com segurança é de senso comum

Assumir que os trabalhadores têm aptidão e conhecimentos para trabalhar em altura com segurança é um erro. Confiar no bom senso é igualmente o mesmo. A formação sobre como trabalhar em altura com segurança é fundamental.

Os trabalhadores precisam de saber o que constitui um risco de queda, quando e onde utilizar o EPI antiqueda e a proteção física que pode ser usada para evitar uma queda de altura.

6 – Não preciso de inspecionar o meu EPI

O seu EPI pode falhar, especialmente se não o inspecionar regularmente e o preservar. Confiar no equipamento não é suficiente.

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Quando utilizar um EPI antiqueda, deve sempre verificá-lo antes de o utilizar para analisar se existem sinais de danos ou deterioração, correias desgastadas ou fechos partidos. Se encontrar algum defeito, o equipamento não deve ser utilizado e deve ser marcado como fora de serviço. Mantenha o equipamento limpo e em bom estado de funcionamento.

Lembre-se de que cada equipamento antiqueda tem um tempo de vida útil especificado. Uma vez decorrido esse tempo, deve ser substituído, mesmo que o equipamento tenha tido uma utilização mínima.

7 – Os serviços de emergência salvam-me se eu cair

Contar com serviços de emergência em caso de uma queda de altura é arriscado. Pode estar a trabalhar num local remoto ou mesmo o sítio onde sofra a queda pode ser de difícil acesso. Deve existir um procedimento de resgate completo em caso de queda. Todos os trabalhadores devem receber formação sobre o procedimento e estar conscientes do que fazer em caso de emergência.

8 – As minhas reações vão salvar-me

Na verdade, qualquer pessoa demora algum tempo a entender que está a cair e naqueles primeiros segundos pode percorrer cerca de 6 metros! As suas reações não o salvarão de uma queda, pois uma vez que caia, não pode impedir que isso aconteça.

É fácil uma pessoa ir além das possibilidades de um equipamento de altura através da utilização de escadas, por exemplo. Mas também é fácil que a escada balance e aconteça uma queda antes que você perceba.

O que deve ser feito para prevenir quedas em altura?

Existem algumas medidas significativas que pode implementar para reduzir esses riscos de queda de altura, incluindo:

Instalação de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), como por exemplo, uma proteção de beirais que incorpora um guarda-corpo, trilho intermédio e um rodapé até ao bordo de qualquer plataforma de andaime, escada fixa, patamar, laje suspensa, cofragem ou cimbre, onde existe o risco de queda de dois ou mais metros.

Providenciar um sistema de proteção contra lesões por queda, incluindo EPI antiquedas, onde não for possível fornecer proteção de beirais.

Para complementar toda esta informação, veja também o nosso artigo Soluções Coletivas e Individuais para Proteção contra Quedas.

Incentive os trabalhadores para fazerem Cursos de Formação de Trabalhos em Altura

Na Academia de Treino TECNIQUITEL desenvolvemos vários cursos de formação, dedicados a ajudar a melhorar a consciencialização sobre vários tipos da segurança laboral.

Uma das nossas especialidades é precisamente a Formação de Trabalhos em Altura, com várias valências e módulos de treino. Todas as nossas ações de formação nesta área visam habilitar os participantes para a identificação de perigos e riscos em trabalhos em altura, seguindo como referência os requisitos impostos pela legislação e respeitando as orientações normativas e recomendações internacionais.

Esses cursos enfocam os riscos para os trabalhadores e treinam os mesmos em relação às medidas de controlo a serem usadas para os proteger. Verifique em baixo a nossa oferta formativa nesta área:

Trabalhos em Altura – Progressão em Estruturas Nível 1

Trabalhos em Altura – Progressão em Estruturas Nível 2

Reciclagem Trabalhos em Altura

Resgate Trabalhos em Altura

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Luís Paulo
Assistente de Comunicação e Marketing
10 de Abril de 2023

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