Conheça neste artigo as principais dicas para selecionar e instalar dispositivos para a deteção de chamas como parte de uma estratégia abrangente de proteção contra incêndios em locais perigosos.
Os detetores de chamas são aplicações especiais de engenharia de segurança essenciais para garantir a segurança do pessoal, do equipamento e das operações em instalações onde existem riscos de incêndio.
No entanto, selecionar o detetor de chamas certo e instalá-lo corretamente pode fazer uma diferença significativa na eficácia do seu sistema de segurança contra incêndios.
Neste post vamos guiá-lo através das principais considerações ao escolher e instalar equipamentos de deteção de chamas para ajudar a melhorar a segurança nas suas instalações.
Nem todos os detetores de chamas são iguais, e escolher o tipo errado para o seu ambiente pode levar a deteções perdidas ou alarmes falsos.
Incêndios diferentes — sejam causados por hidrocarbonetos ou outros combustíveis, como hidrogénio — emitem diferentes comprimentos de onda de energia.
Os detetores de chamas são projetados para detetar tipos específicos de radiação: ultravioleta (UV), infravermelha (IR) ou uma combinação (por exemplo, UV/IR, IR multiespectral).
É importante selecionar um detetor adequado às suas necessidades para garantir uma deteção de incêndios eficaz.
1. Tipo de incêndio e fonte de combustível
Compreender os tipos de incêndios mais prováveis de ocorrer nas suas instalações é o primeiro passo para selecionar o detetor de chamas certo.
Incêndios de hidrocarbonetos, incêndios de hidrogénio e outros incêndios produzem padrões de radiação diferentes. Certifique-se de escolher um detetor projetado para detetar a energia específica emitida pelos tipos de incêndios contra os quais pretende proteger.
2. Condições ambientais
Fatores ambientais, como temperaturas extremas, humidade, chuva, nevoeiro, poeira ou vapor, podem afetar o desempenho dos detetores de chamas.
Em condições adversas, considere detetores de chamas projetados especificamente para lidar com esses ambientes, incluindo modelos à prova de explosão ou reforçados com altas classificações IP.
3. Alcance de deteção e campo de visão
Cada detetor de chamas tem um alcance de deteção específico, também conhecido como campo de visão (FoV). É importante avaliar se o detetor selecionado cobrirá a área desejada sem obstruções.
Dependendo do layout da sua instalação, poderá ser necessário utilizar vários detetores para cobrir áreas grandes ou complexas de forma eficaz.
Para otimizar a cobertura, considere a realização de um estudo de mapeamento — uma análise detalhada que modela a colocação dos detetores, o alcance e as potenciais obstruções dentro da área protegida.
Os estudos de mapeamento ajudam a identificar o número e a localização dos detetores necessários para atingir o nível desejado de desempenho na deteção de incêndios.
4. Tempo de resposta e sensibilidade
O tempo de resposta de um detetor de chamas é fundamental, especialmente em ambientes de alto risco onde é necessária uma deteção rápida.
Procure detetores com configurações de sensibilidade ajustáveis para equilibrar o alerta precoce e a redução do risco de falsos alarmes. Escolha um detetor que ofereça o tempo de resposta adequado para as suas operações.
5. Certificações e conformidade
Certifique-se de que a solução para a deteção de chamas está em conformidade com as normas e regulamentos relevantes da indústria (por exemplo, certificações FM, ATEX, IECEx, SIL).
A conformidade com estas normas não só garante a segurança, como também pode ser necessária para cumprir os requisitos de seguros ou regulamentares locais.
1. Posicionamento dos detetores
Instale os detetores de chamas em locais onde tenham uma linha de visão clara para potenciais riscos de incêndio, evitando obstruções que possam bloquear a deteção.
Evite colocar os detetores em locais onde possam ficar expostos à luz solar direta, luz refletida ou exaustão de ar quente, o que pode causar alarmes falsos.
2. Altura e ângulo de montagem
Siga a altura e o ângulo de montagem recomendados pelo fabricante para garantir uma cobertura ideal. Normalmente, os detetores devem ser montados a pelo menos 3 metros de altura e ligeiramente inclinados para baixo para maximizar a deteção de riscos potenciais.
3. Fiação e ligações elétricas
Use técnicas de fiação adequadas, especialmente em ambientes perigosos. Cabos blindados podem ajudar a minimizar a interferência eletromagnética.
Certifique-se de que toda a fiação esteja em conformidade com os códigos elétricos locais e as diretrizes de instalação do fabricante.
4. Testes e manutenção regulares
Mesmo os melhores detetores de chamas requerem manutenção de rotina para garantir que continuem a funcionar conforme o esperado.
Recomenda-se a limpeza regular, especialmente em ambientes com poeira ou detritos, e testes funcionais utilizando um simulador de chamas. Siga sempre as diretrizes de manutenção e teste do fabricante.
5. Integração com sistemas de controlo
Os detetores de chamas devem ser integrados num sistema de segurança contra incêndios mais abrangente, incluindo painéis de alarme de incêndio, sirenes, luzes estroboscópicas e sistemas de desligamento de emergência.
A integração garante que, em caso de incêndio, os sistemas possam responder automaticamente com ações como corte de gás, desligamento de equipamentos ou ativação de sistemas de extinção de incêndios.
Selecionar e instalar o detetor de chamas certo é uma parte crítica para garantir a segurança das suas operações.
Ao avaliar o risco específico de incêndio, as condições ambientais e os requisitos da aplicação, pode escolher um detetor que ajude a melhorar a deteção e proteção contra incêndios nas suas instalações.
Embora esta publicação forneça conselhos gerais, recomendamos consultar profissionais de proteção contra incêndios, como engenheiros de proteção contra incêndios e autoridades locais responsáveis pelos códigos, para garantir a conformidade com as normas e códigos aplicáveis na sua região.