A segurança de bens e vidas é uma das preocupações principais dos nossos dias. A supressão de incêndios é uma das situações mais críticas em caso de sinistro, quer sejam causadas por agentes naturais quer por actos criminosos.
Por esta razão é necessário que todos os profissionais, direta ou indiretamente associados ao projeto ou instalação deste tipo de sistemas de Engenharia e Segurança, estejam sensibilizados para as soluções corretas e disponíveis para a supressão de incêndios.
Complementando o seu portefólio na área da proteção contra de incêndios, a TECNIQUITEL estabeleceu parcerias com centros de produção na Europa dedicados ao fabrico de Centrais de Bombagem de Água para S.I. devidamente certificadas e construídas conforme a EN-12845 e NFPA-20.
Mas o que são e o que definem estas Normas? Este texto pretende esclarecer todas as dúvidas que os profissionais enfrentam diariamente.
A norma EN-12845 foi aprovada pelo CEN (Comité Europeu Normalização) e obriga os países membros desta organização, da qual Portugal faz parte, a implementar esta norma sem quaisquer alterações.
Deste modo, as Centrais de Bombagem de Água para S.I. (CBSI) deveram estar de acordo com o Regulamento Técnico de Segurança Contra Incêndios em Edifícios (RT-SCIE), aprovado pela Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro e respetiva alteração pela Portaria n.º 135/2020, de 02 de junho, sendo os equipamentos construídos, montados e mantidos segundo a norma EN-12845.
A EN-12845 define os requisitos de projeto, instalação e manutenção de centrais de combate a incêndio para sistemas automáticos de sprinklers. Abaixo descrevemos as características principais mais importantes:
1 – As Centrais de Bombagem de Água para S.I. segundo a norma EN-12845 arrancam automaticamente como consequência da queda de pressão no sistema e detetado pelos dois pressostatos instalados (contactos normalmente fechados – ligados em série).
Os pressostatos são usados somente para arranque das bombas.
2 – As bombas devem ser paradas manualmente por botoneira no painel de controlo.
3 – As bombas deverão ser capazes de fornecer 140% de caudal a uma altura não inferior a 70% da altura nominal da bomba (100%).
4 – Bombas de eixo horizontal, vertical ou submersíveis, como mínimo PN 10, aspiração positiva (aspiração com pressão positiva com 2/3 do nível de água acima do nível da linha de eixo da bomba) ou aspiração negativa.
5 – As bombas principais que compõem as Centrais de Bombagem de Água para S.I. segundo a EN 12845 devem possuir características idênticas.
Se forem instaladas 2 bombas, cada uma deve fornecer 100% do caudal exigido.
Se forem instaladas 3 bombas, cada uma deve fornecer 50% do caudal exigido.
6 – Se a condição de aspiração positiva não for possível, a bomba pode ser instalada com aspiração negativa, mas com um depósito para ferragem por cada bomba.
7 – Dever-se-á assegurar que, nas bombas de eixo horizontal, o acoplamento com espaçador do tipo “extração traseira” entre a bomba e o motor pode ser removido para que os componentes internos da bomba possam ser substituídos sem que tal operação afete a tubagem.
8 – As bombas podem ser acionadas por motores elétricos ou por motores Diesel concebidos e dimensionados para fornecerem a potência máxima requerida no pico da curva de potência.
Os motores Diesel deverão possuir as seguintes características:
– Injeção direta, ser adequados para operar a plena carga continuamente de acordo com a ISO 3036 (110% da potência máxima P2) arrefecidos a ar ou água (radiador, permutador de calor ou água da bomba de incêndio).
– Para as linhas de combustível deve ser utilizada tubagem metálica.
O tanque de combustível deve ser construído em chapa de aço e ter capacidade suficiente para permitir a operação do motor de acordo com a classe de risco.
9 – Cuidados especiais devem ser dispensados à temperatura e ventilação da Sala das Centrais de Bombagem de Água para S.I., refrigeração do motor e baterias quando se trata de motores a gasóleo.
10 – Deverá existir um painel de controlo por cada bomba. O Painel de Controlo deverá estar localizado na mesma sala das bombas.
No Painel de Controlo das bombas (Elétrica & Diesel) deverá ser possível:
– Arranque da bomba elétrica com sinal dos pressostatos.
– Arranque da bomba elétrica ou Diesel manualmente.
– Paragem elétrica ou manual (apenas bombas Diesel).
– Arranque através dum flutuador localizado no depósito de ferragem (abastecido pela bomba) ou pela rede pública quando o nível da água for inferior a 60% do nível estabelecido.
A paragem por falta de água não é permitida.
11 – Deve ser previsto e instalado um sistema para verificação do caudal e aferir o débito das bombas.
12 – De acordo com o prescrito na EN-12845, o dono da instalação deve assegurar a inspeção, verificação e testes, agendando se necessário a manutenção preventiva ou corretiva e manter registos escritos para evidência, os quais devem ser conservados nas instalações.
13 – O dono da instalação está obrigado a verificar e evidenciar todos os procedimentos adotados com especial enfoque para o arranque manual de emergência das bombas.
14 – Especificações normalizadas:
Altura máxima: 140 mca
Caudal: até 400 m3/h
Pressão Máxima: 16 bar
As normas NFPA-20 estabelecem recomendações para projeto, instalação e manutenção de sistemas automáticos de sprinklers.
A NFPA é uma organização internacional com sede nos EUA, fundada em 1896 e inclui representantes da UL (Underwriters Laboratories), associações comerciais, representantes do governo, empresas de engenharia e empresas privadas. Não tem poderes de fiscalização, não certifica nem responde pelo cumprimento da norma.
Estão disponíveis dois grupos de bombas no mercado conforme NFPA-20:
1 – NFPA-20 UL/FM homologadas.
2 – NFPA-20 UL/FM não homologados.
Neste caso os componentes encontram-se apenas listados pela UL, cumprindo as bombas a norma NFPA-20 em termos construtivos.
1 – As bombas deverão ser capazes de fornecer 150% de caudal a uma pressão não inferior a 65% da altura nominal da bomba (100%). Para caudal zero o valor da altura deve ser inferior a 140% do valor nominal de altura.
2 – Os motores elétricos poderão ser IP23 (tipo aberto) ou IP55 (tipo blindado) e selecionados para serviço contínuo e possuir um fator de serviço de 1.15. O acoplamento com espaçador destina-se a permitir a remoção dos componentes da bomba sem desmontagem da tubagem.
3 – Os motores a gasóleo devem ser listados. A potência debitada pelos motores não Percentagem gama altura total deverá, para um mínimo de 4 horas de operação, ser inferior a 10% da potência descrita na placa sinalética do motor.
4 – Sempre que esteja em causa a instalação de motobombas (com motores a gasóleo) devem ser observados cuidados especiais em relação à ventilação da Casa das Bombas (temperatura da sala superior a 4°C e inferior a 49°C), manutenção (testes semanais), regulação de velocidade e refrigeração do mesmo.
5 – O depósito de gasóleo deve ter capacidade para 8 horas de operação.
6 – A dimensão das tubagens encontra-se descrita na norma, assim como indicações relativas à instalação de acessórios.
7 – Os quadros elétricos devem estar de acordo com o solicitado na norma em relação à sinalização, operação, controlo, proteção, alarmes e informação remota.
8 – O coletor de provas, dotado de um caudalímetro, deverá permitir um caudal até 175% do caudal nominal homologado. Dever-se-á ter em consideração as distâncias obrigatórias da tubagem no posicionamento do caudalímetro.
9 – Gama normalizada:
Altura máxima: 115-215 psiG (7,9 – 14,8 bar)
Caudal: até 2.500 GPM (565 m3/h)
Pressão Máxima: 16 bar
NOTA: A pedido, podemos fornecer Centrais de bombagem de Água para S.I.com gamas de caudais e pressão não normalizadas.
1 – Depósitos hidropneumáticos de membrana PN10/PN16/PN25.
2 – Válvulas de fuso com aprovação UL/FM.
3 – Válvulas de segurança.
4 – Cones concêntricos e excêntricos.
5 – Coletores especiais sob medida.
6 – Juntas antivibratórias.
7 – Coletor de provas.
A prevenção e a preservação de bens é um desígnio intrínseco a todas as atividades desenvolvidas pela TECNIQUITEL na ótica da Segurança Contra Incêndios. Os objetivos dos cursos de formação e dos seminários são os resultados conjuntos na passagem do conhecimento sendo organizados nas instalações da TECNIQUITEL.
Em caso de projetos específicos estamos disponíveis para organizar seminários ou outras ações de formação quando solicitada e apoiar os Gabinetes de Projeto.
A manutenção regular e programada dos equipamentos executada pelo pessoal qualificado do nosso Serviço Técnico é um fator chave no funcionamento otimizado das unidades sempre que solicitadas.
Uma equipa de especialistas dedicada da TECNIQUITEL encontra-se disponível para intervir sempre que solicitada com:
– Ações de Formação.
– Programas de Manutenção.
– Deteção de Avarias e Reparações.
Subscreva a nossa Newsletter para mais informações sobre Sistemas de Extinção de Incêndios e Reservatórios de Água.
Boa tarde,
Para quando uma formação sobre o tema “Centrais de Bombagem de Incêndio”.
Fica a sugestão.
Cumprimentos,
Jorge Cruz
Olá, Muito obrigado pelo seu pedido de informação. Já enviamos para o Responsável do departamento a sua questão para ser respondida diretamente. Com os melhores cumprimentos e votos de bom trabalho.