Classes de Incêndios: o que é a Classe C?

Os incêndios de classe C envolvem equipamentos elétricos energizados. Trata-se de qualquer incêndio em que esteja envolvido o fluxo de eletricidade.

Uma vez que o fluxo de energia é interrompido, qualquer incêndio remanescente será provavelmente de Classe A e possivelmente de Classe B ou D (metais combustíveis).

A melhor maneira de lidar com um incêndio de Classe C é desligar o equipamento elétrico da tomada, desligar um disjuntor ou acionar um interrutor. Este deve ser sempre o objetivo quando se lida com um incêndio de Classe C.

No entanto, pode haver muitas ocasiões em que desligar a energia não é uma opção imediata. Nesse caso, é necessário um agente que possa ser usado com segurança perto de equipamentos elétricos energizados.

O principal requisito é que o agente seja não-condutor. Isto exclui qualquer agente extintor à base de água para qualquer ataque à parte térmica do triângulo do fogo. A água nunca deve ser usada num incêndio de Classe C!

O lado do combustível do triângulo de fogo também é problemático para atacar um fogo de Classe C. A combustão ativa é provavelmente o resultado de componentes secundários, como a queima de cabos e invólucros, ou pode ser a queima de vapores inflamáveis – como quando um sistema de armazenamento de energia de bateria de iões de lítio falha.

Atacar a reação química em cadeia é uma forma viável de suprimir um incêndio de Classe C. Muitos agentes desta categoria são polivalentes. Isso significa que eles podem ser usados em várias classes de incêndio.

Por exemplo, a maioria dos extintores de incêndio domésticos são classificados para incêndios de Classe A, B e C. Para além de não serem condutores e serem seguros para utilização em torno de equipamento elétrico com energia, também são eficazes em outros materiais que também possam estar a arder.

A desvantagem da utilização de pó químico seco é que pode ser muito corrosivo para alguns componentes elétricos. Portanto, não é o agente de escolha para locais como centros de dados, telecomunicações ou outros equipamentos sensíveis.

Agentes de Extinção adequados para incêndios de classe C

Para instalações elétricas maiores, os operadores instalam sistemas que não danificam os componentes elétricos sensíveis.

Normalmente, trata-se de sistemas de agentes limpos gasosos ou de unidades ou sistemas de extinção de incêndios compostos por aerossóis condensados. Os agentes limpos são eficazes, mas todos têm requisitos significativos de instalação e manutenção.

Para agravar os seus problemas, muitos agentes limpos têm potencialmente limitações decorrentes de regulamentos ambientais e de segurança cada vez mais rigorosos.

Os aerossóis condensados têm um potencial nulo de aquecimento global ou de destruição da camada de ozono; têm uma vida atmosférica nula e não têm caraterísticas PBT (persistência, bioacumulação, toxicidade), o que significa que não persistem no corpo humano.

Embora esta seja uma questão importante no mercado de espumíferos de combate a incêndios, há agentes limpos que também podem ser objeto de escrutínio devido a preocupações com o PBT.

Além disso, o aerossol condensado é um agente de eleição para as principais instalações de armazenamento de energia de baterias de iões de lítio devido à sua capacidade de reduzir o risco de propagação de fuga térmica.

Os incêndios de classe C também podem ser atacados através da redução ou deslocação do teor de oxigénio. No mercado de extintores de incêndio portáteis, os extintores de CO2 são uma escolha popular.

São adequados para pequenos incêndios de classe C e não deixam resíduos. Para além destes, existem os sistemas de CO2 e de gás inerte. Se o recinto for grande, é necessário um enorme banco de cilindros de agente para o suportar.

Uma vez ativado, impede qualquer pessoa de entrar na área durante um longo período de tempo. Se for bombeado CO2 suficiente para qualquer espaço, o fogo apaga-se. Mas é necessário muito esforço e despesa para instalar, testar e manter um sistema como este.