Saiba agora quais são os principais Riscos Ocupacionais

Os riscos ocupacionais estão presentes em todos os locais de trabalho e correspondem às potenciais ameaças à vida ou à saúde dos trabalhadores, devido aos elementos e condições presentes no ambiente de trabalho.

Para que o ambiente laboral de uma empresa seja seguro deve existir uma análise cuidada dos potenciais perigos associados às atividades existentes em cada local de trabalho.

Qualquer situação que apresente perigo para a saúde do colaborador é considerada como um risco ocupacional. Existem os acidentes mais evidentes e graves, tais como os incidentes relacionados com o risco de morte e de baixa, até aos problemas ergonómicos existentes em escritórios e ambientes de administrativos que por vezes não são percetíveis em muitas empresas e para a generalidade dos trabalhadores.

Contudo também estão disponíveis ferramentas OiRA para avaliação de riscos ocupacionais essencialmente para micro e pequenas empresas, sendo estas interativas, podendo ser utilizadas on-line pelos profissionais do setor que pretendam analisar os riscos no seu local de trabalho.

O relatório final da avaliação de riscos, impresso a partir destas ferramentas, deverá ser assinado pelo técnico ou técnico superior de segurança do trabalho, ou pela entidade patronal ou trabalhador designado (no caso do estabelecimento ou conjunto de estabelecimentos distanciados até 50 quilómetros em relação ao edifício de maior dimensão, ou se empregar no máximo 9 trabalhadores).

Estes instrumentos de avaliação de riscos indicados permitem garantir o cumprimento da lei, não dispensando no entanto a sua integração na avaliação de riscos global sempre que outros perigos sejam identificados e que não constem nas ferramentas.

Seja como for estas ferramentas não têm carácter obrigatório, constituem apenas um instrumento de avaliação de riscos opcional, além disso também podem ser acedidas através de aplicação móvel.

Os riscos ocupacionais podem ser classificados em vários tipos, tais como riscos físicos, químicos ou biológicos, riscos de acidentes e riscos ergonómicos, podendo todos eles causar problemas de saúde em função da sua natureza, concentração, intensidade, tempo de exposição ou falta de equipamentos de proteção apropriados.

Os agentes de riscos físicos dependem do contacto direto com o colaborador e são gerados pela exposição a diferentes formas de energia no trabalho. Os riscos físicos mais comuns são o calor, frio, ruído, humidade, pressão, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração e quaisquer outras formas de energia a que os funcionários possam estar expostos.

Para cada tipo de risco é indicada uma limitação permitida. No caso do ruído, o máximo de decibéis por exemplo. Os limites para a exposição a esses fatores estão descritos no Decreto-Lei n.º 182/2006 de 6 de Setembro.

Este tipo de riscos é originado pelo contacto ou manipulação de substâncias químicas, compostos ou produtos que possam entrar no organismo do funcionário por inalação de fumos, poeiras, gases ou vapores, além de outros que possam ser assimilados pelo organismo através da pele ou por ingestão. É o nível de toxicidade do agente químico que determina qual o período máximo que o trabalhador pode estar exposto.

O risco biológico está presente quando o colaborador no decorrer das suas funções pode entrar em contacto com agentes biológicos patogénicos. Entre estes agentes podemos citar bactérias, vírus e fungos.

Empresas especializadas na limpeza de locais públicos, saneamento básico, atendimento hospitalar e atividades laboratoriais costumam concentrar esse tipo de risco ocupacional.

Postura incorreta no trabalho, turnos de trabalho demasiado longos, levantamento e transporte de peso incorretos, assim como outras situações que exijam demasiados esforços físicos ou que haja stresse físico. A avaliação desses riscos é feita por meio de um parecer técnico a nível ergonómico.

Este tipo de riscos têm origem em condições físicas e tecnológicas inadequadas que podem levar a ferimentos de maior ou menor gravidade. Por exemplo, operação com máquinas e equipamentos sem proteção, iluminação inadequada, estruturas de trabalho desadequadas com ferramentas não reguladas, armazenamento de materiais de forma incorreta, assim como riscos derivados de trabalho em altura, incêndio, manuseamento de máquinas pesadas, risco iminente de choque elétrico e atmosferas explosivas.

Esta classificação foi criada para padronizar as informações sobre as fontes de perigo presentes em cada departamento ou local de trabalho.

Sendo assim é atribuída uma cor para cada tipo de Riscos Ocupacionais, de modo a facilitar a elaboração do Mapa de Riscos Ocupacionais e a respetiva adoção de medidas de prevenção de acidentes como, por exemplo, o uso de dispositivos de segurança como Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).

Trata-se então de uma representação gráfica dos riscos à saúde e segurança do trabalhador em cada ambiente de trabalho. O objetivo é compartilhar a informação com toda a equipa para que sejam estabelecidas políticas de prevenção de acidentes e riscos ocupacionais.

Riscos físicos - Verde

Riscos químicos - Vermelho

Riscos biológicos - Castanho

Riscos ergonómicos - Amarelo

Risco de acidentes - Azul

Podemos ver qual a importância da prevenção de acidentes de trabalho através dos relatórios da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os últimos dados mostram, que cerca de 5 mil colaboradores, em todo o mundo, morrem todos os dias em função de acidentes ocorridos nos locais de trabalho.

Já em Portugal, segundo dados disponibilizados pela PORDATA (Estatísticas sobre Portugal e Europa) mostram que durante o ano 2020 ocorreram cerca de 156.048 mil acidentes de trabalho. Assim sendo, a nossa situação é igualmente preocupante. Além disso, estes dados também mostram que ocorrem cerca de 131 mortes no ano 2020.

Por todos estes fatores consideramos que a prevenção de acidentes de trabalho deve ser uma prioridade em qualquer atividade ou setor de uma empresa. Por mais prevenção que se faça, as condições de trabalho podem alterar ao longo dos anos. Por isso, é importante que todos os envolvidos em uma determinada atividade trabalhem no sentido de evitar acidentes.

Existe sempre um risco potencial em qualquer que seja a atividade produtiva, mas não significa que vá ocorrer um acidente. Por essa razão, é vital que haja vigilância sobre todas as potenciais situações de acidentes numa empresa, para que sejam eliminadas num curto espaço de tempo. Assim, criar uma cultura de segurança na empresa é uma excelente filosofia a todos os níveis.

Os benefícios que a segurança do trabalho pode proporcionar a uma empresa são numerosos, mencionamos aqui os mais importantes:

- Diminuição com indemnizações e baixas

- Aumento da produção pela redução do tempo nas interrupções de trabalho

- Redução de acidentes de trabalho

- Evitar as multas e processos de trabalho

- A criação de um ambiente saudável na empresa é um claro sinal de comprometimento com a saúde de cada funcionário gerando uma sensação de proteção e despertando o desejo de trabalhar de acordo com os cuidados e apresentar melhorias e ideias para a empresa

- Valorização da empresa, pois as ações de responsabilidade social asseguram uma imagem positiva para os negócios

Como aplicar uma cultura de segurança eficiente? Existem uma série de medidas que as empresas podem adotar para assegurar a segurança do trabalho. Leia sobre o tema aqui!

Se gostou deste post não deixe de ler o nosso artigo sobre “Quais são os tipos de Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual”!