Os espaços confinados são áreas ou ambientes não concebidos para a ocupação permanente ou contínua por parte do homem, cuja entrada ou saída esteja limitada ou restringida em que a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigénio.
Até um equipamento pode tornar-se num espaço confinado durante uma manutenção. Por exemplo, um tanque que está sempre cheio durante o normal funcionamento de uma fábrica. Quando é feita uma paragem para a sua manutenção, sendo necessário esvaziá-lo para que uma equipe possa trabalhar no seu interior ele torna-se num espaço confinado.
Por esse motivo, os espaços confinados podem ser áreas altamente perigosas com concentrações de oxigénio muito baixas, substâncias tóxicas e gases combustíveis. Estes são alguns dos perigos que podem ser encontrados.
Assim sendo, para entrar em espaços confinados, precisamos compreender as regras para trabalhar em segurança, tais como obter permissões, munir-se do equipamento adequado, averiguar a atmosfera antes de entrar e durante a execução dos trabalhos no interior do espaço. Mesmo depois de se confirmar que a área é segura é necessário monitorizar o ar regularmente.
Pode-se ainda promover mais a segurança partilhando com a equipe de trabalho as medições de gás efetuadas no interior do espaço, para que estes tenham a noção exata do que está acontecendo durante a execução dos trabalhos.
Em apenas 4 minutos pode acontecer uma quantidade enorme de situações sobretudo num espaço confinado.
Por outro lado, como estes espaços são atreitos ao movimento das concentrações de oxigénio, é essencial proceder à sua monitorização continua através de instrumentação portátil própria para a deteção de gases, porque bastam apenas quatro minutos sem oxigénio para sofrermos danos cerebrais ou até morrer.
Por este motivo não deveria ser uma surpresa que os espaços confinados sejam a principal causa de acidentes no trabalho. Por essa razão é tão importante tomar medidas suplementares para assegurar a segurança dos trabalhadores em espaços confinados.
Infelizmente uma história muito comum e antiga no que respeita aos espaços confinados, quando o trabalhador executa as suas tarefas de rotina na manutenção ou reparação e existe um risco presente na atmosfera no qual o colaborador deixa de responder à pessoa que está de vigia na entrada do espaço, deixando o supervisor e os seus colegas de trabalho apreensivos, fazendo com que alguém entre no espaço confinado no sentido de verificar o que está acontecer acabando por falecer ao mesmo perigo de gás.
Este cenário é muito comum acontecer e por isso o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH) informa que 60% das mortes em espaço confinado estão entre esses socorristas que entram em um espaço confinado sem entender os perigos que há lá dentro.
Por este motivo e mais algum é preciso implementar um plano de entrada em espaços confinados composto por 5 dicas fundamentais antes de se iniciarem os respetivos trabalhos.
Antes de criar um plano é necessário entender quais as regras e regulamentos existentes para entrar em espaços confinados. Posteriormente deve ser criado um documento claro que contenha instruções escritas e adequadas para que os trabalhadores possam seguir.
Para além disso também é necessário proceder ao treino destes colaboradores seguindo o plano traçado.
Assim, podemos dizer que 85% dos acidentes neste cenário aconteceram em pessoas que não tiveram formação de espaços confinados. Por isso, é essencial que estas equipas recebam treino e entendam como podem aferir com segurança a qualidade do ar na atmosfera do espaço confinado.
É primordial conhecer quais os riscos dos gases que podem estar presentes num espaço confinado para assim podermos reduzi-los.
Depois de conhecer quais os riscos dos gases presentes podemos criar um plano detalhado para identificar esses riscos.
Devemos detetar quais os riscos potenciais antes de entrar em um espaço confinado, porque cada espaço é diferente.
Também é importante perceber quais os riscos que podem estar presentes para que os colaboradores possam responder com segurança.
Frequentemente, os empregados descuram os alarmes porque pensam que estes podem ser falsos, sendo que esta prática é extremamente perigosa.
Saber previamente quais os riscos dos gases potenciais pode ajudar os empregados a levarem mais a sério os alarmes.
Um dos dispositivos cruciais que é preciso para entrar num espaço confinado é um detetor de gases com sensores corretos para a sua aplicação. No entanto, depois de escolher os sensores certos precisamos confirmar se o monitor está operar corretamente.
Para isso, é preciso fazer um teste de resposta aos sensores do detetor de gases. A primeira etapa é chamada de leitura de base. O objetivo é zerar o aparelho, sendo efetuado a medição em um ambiente com o ar completamente limpo.
Na segunda etapa, o dispositivo é colocado em um local com gases de Referência Certificados (MRC), deste modo, é possível identificar se há erros na medição do detetor.
Após estes procedimentos, se for apontado algum erro, o laboratório corrige o problema e então realiza novamente o teste até atingir leituras precisas e exatas.
Deste modo, é assegurado que a calibração foi realizada de forma efetiva e seguindo as normas e legislação vigente.
Saltar uma destas etapas coloca em risco a entrada num espaço confinado sem um detetor de gás que possa alertar para os perigos mortais.
Assim sendo, os testes de resposta demonstram se os sensores conseguem identificar o gás e se os alarmes e alertas no monitor estão a funcionar, enquanto a calibração mostra se o detetor está a ler com precisão as concentrações de gás.
Zerar o detetor de gás em ar puro e fresco assegura que foi definida uma linha de base precisa para as leituras.
Apesar de não parecer essencial, o uso de uma bomba de amostragem para recolha do ar existente no espaço confinado é importante, para extrair uma amostragem na pré-entrada.
Por vezes é fácil cortar nos custos, principalmente quando os funcionários estão pressionados para a execução de um trabalho urgente.
E sendo assim é fácil cometerem-se erros crassos colocando a vida dos trabalhadores em perigo.
Um dos erros mais comuns por parte dos funcionários é prender o detetor de gases a um cabo, introduzindo-o no interior do espaço confinado e retirando em seguida. Isto por vezes não deteta o risco de gás a que o espaço está exposto, podendo inclusive danificar o monitor de gás, comprometendo as funções essenciais do aparelho e levando por vezes a reparações dispendiosas.
Ora tudo isso pode ser evitável com o uso de uma bomba de amostragem. Assim também é aconselhável adotar a regra 2×2.
Com esta regra os níveis são verificados por 2 minutos e 2 segundos a cada 30 centímetros de tubo. Por exemplo, para usar uma tubulação de 9 metros, deve testar por 2 minutos e 60 segundos para assegurar que o detetor de gás teve o tempo suficiente para ler a atmosfera a que o espaço está sujeito.
As condições atmosféricas em espaços confinados podem alterar rapidamente, deixando os funcionários expostos a novos riscos. Por esse motivo é importante cumprir com a regra “monitorizar continuamente” o espaço confinado é uma das melhores formas para evitar ou minimizar acidentes de trabalho.
Uma vez que existem bastantes gases perigosos mais pesados que o ar, logo, eles começam por ocupar o espaço a partir do fundo.
Assim sendo se o funcionário se encontrar num espaço confinado e este se encher de gás, a monitorização contínua através de um detetor de gases equipado com uma bomba de amostragem pode fazer a diferença entre a vida e a morte, permitindo alertar para o perigo antecipadamente, dando a possibilidade ao funcionário de se retirar em segurança.
Mas como é que outras pessoas podem saber se alguém que esteja no interior do espaço confinado está em perigo? Os monitores de área, comercializados pela TECNIQUITEL, podem ajudar porque estão munidos de vários patamares de alarmes sonoros e visuais claros para que todos na área saibam que há um perigo de gás.
Confira o nosso artigo sobre formação de entrada em espaços confinados.
As nossas ações de treino de espaços confinados são formatadas tendo em conta as necessidades específicas de cada cliente, para o que desenvolvemos uma metodologia analítica e de diagnóstico, que nos permite aferir quais as matérias e exercícios adaptados a cada caso e definir as cargas horárias necessárias ao treino.