Já pensou como é que os bombeiros conseguem atuar no combate a incêndios em locais onde não existem acessos diretos a uma fonte desse precioso líquido que é a água? Pois é, a resposta está nas cisternas de água.
Descubra através deste artigo qual a importância que as cisternas de água têm para os bombeiros. Como funcionam? Quais são as suas vantagens? Como são usadas para abastecer os hidrantes? Saiba como escolher a cisterna adequada de acordo com as suas necessidades. Então continue a ler o nosso post e compreenda a sua utilidade.
Num incêndio, cada segundo é decisivo para controlar as chamas e impedir que se espalhem ainda mais. Neste sentido, as cisternas de água assumem uma função essencial no fornecimento de água para os hidrantes, possibilitando aos bombeiros um acesso rápido e eficiente à água para o combate a incêndios.
As cisternas são reservatórios de água concebidos especialmente para guardar grandes volumes deste precioso líquido. Elas são conectadas aos hidrantes através de uma rede de tubulações subterrâneas, assegurando assim a alimentação contínua de água no decorrer de um incêndio.
Assim, quando os hidrantes são ativados pelos bombeiros, a água é libertada com força suficiente para controlar as chamas. Enquanto, sem as cisternas de água, estaria dependente somente da pressão da rede pública, o que poderia ser manifestamente insuficiente para extinguir um incêndio.
A utilização de cisternas de água para alimentar hidrantes proporciona uma série de benefícios no combate a incêndios urbanos. Em primeiro lugar, elas asseguram um fornecimento contínuo de água mesmo em zonas onde a pressão da rede pública é baixa.
Por outro lado, as cisternas possibilitam aos bombeiros alcançar rapidamente a água, impedindo que haja atrasos caso seja preciso esperar por um autotanque. Isto pode ser decisivo em regiões onde o trânsito é caótico e cada minuto que passa é importante.
A instalação de cisternas de água para alimentar os hidrantes, deve ter em conta algumas considerações essenciais.
Em primeiro lugar é preciso averiguar qual a capacidade da cisterna tendo em conta a procura deste precioso liquido na zona, para além do tamanho dos hidrantes a serem alimentados.
Assim como também é essencial efetuar manutenções periódicas na cisterna para assegurar o seu perfeito estado de funcionamento. Além disso, é fundamental seguir as normas e regulamentos locais para a sua montagem e respetiva utilização.
Para assegurar o bom funcionamento destes reservatórios de água é imprescindível efetuar alguns cuidados e manutenções periódicas. Acima de tudo, proceder à limpeza do reservatório regularmente, removendo sedimentos e resíduos capazes de pôr em risco a qualidade da água armazenada.
Além disso é aconselhável fazer vistorias regulares na canalização e respetivas válvulas que ligam as cisternas de água aos hidrantes, averiguando se existem fugas ou estragos que possam prejudicar o abastecimento de água durante o combate a incêndios.
Para além das cisternas convencionais, existem outras formas sustentáveis para abastecer estes reservatórios de combate a incêndio. Sendo que uma delas é o aproveitamento da água da chuva, através de sistemas de recolha e armazenamento, diminuindo assim a dependência sobre a rede pública de abastecimento de água, ajudando a preservar os recursos hídricos e a reduzir os custos com este precioso líquido já que a água da chuva ainda vai sendo gratuita.
As cisternas são depósitos de água com múltiplos fins, podendo abastecer hidrantes no decorrer de um incêndio.
As manutenções periódicas das cisternas também são fundamentais para assegurar que estas se mantenham em condições de utilização.
O tamanho das cisternas de água devem estar de acordo com as necessidades existentes para o combate a incêndios na zona.
Assim como o abastecimento destas cisternas também pode ser feito mediante a recolha da água das chuvas, poços artesianos, ou através da rede pública.
Além disso, para alimentar os hidrantes através das cisternas de água, torna-se imprescindível o uso de motobombas para a pressurização e orientação da água para os pontos de combate ao incêndio.
No entanto as cisternas também podem ser aplicadas no reabastecimento de autotanques entre outros equipamentos para combate a incêndios.
É importante salientar que é crucial formar profissionais que estejam encarregues de lidar com cisternas e hidrantes, assegurando o uso correto do sistema caso ocorra uma situação critica.
Também é de referir que a montagem das cisternas de água para combate a incêndios pode ser obrigatória em vários lugares, cumprindo com regulamentos e normas específicas.
A utilização de cisternas para alimentar os hidrantes também assegura o abastecimento de água de forma adequada, além de ser uma forma eficiente e económica para o combate a incêndios.
1 – É necessário que as cisternas estejam totalmente cheias para poderem ser utilizadas nos hidrantes.
Não é obrigatório que as cisternas de água estejam cheias na totalidade para serem usadas nos hidrantes. Elas podem ser usadas mesmo que o nível de água esteja no mínimo da sua capacidade total.
2 – As cisternas para combate a incêndios podem ser alimentadas apenas por água da chuva.
Apesar de ser possível utilizar a água da chuva para alimentar as cisternas de combate a incêndios, é aconselhado que elas estejam ligadas à rede pública de abastecimento de água. Deste modo, pode-se assegurar um fornecimento contínuo e fiável de água através dos hidrantes.
3 – É preciso ter uma cisterna de grandes dimensões para alimentar os hidrantes.
Não é necessário ter cisternas de água com grande capacidade para alimentar os hidrantes. Podem ser utilizadas cisternas de diferentes dimensões, desde que sejam de tamanho adequado para satisfazer as necessidades dos hidrantes.
4 – As cisternas de combate a incêndios não precisam de manutenção regular.
Ora isto não é verdade, pelo contrário, as cisternas para combate a incêndios necessitam de manutenções contínuas para assegurar a sua operacionalidade. É importante realizar limpeza, inspeções periódicas, verificação dos sistemas de bombagem e respetivas tubulações.
As cisternas para combate a incêndios são reservatórios de água utilizados exclusivamente para alimentar hidrantes em caso de emergência.
Estas cisternas, regra geral, são concebidas com materiais resistentes ao fogo, como por exemplo, concreto armado ou aço, com capacidades de armazenamento que podem variar de acordo com as necessidades locais.
A alimentação destas cisternas pode ser feita de diversas maneiras, sendo as mais usuais por meio de captação de água da chuva, reúso de água ou ligação direta à rede pública de abastecimento de água.
Por outro lado, para assegurar o bom desempenho do sistema é importante que estas cisternas estejam posicionadas em locais estratégicos, perto dos hidrantes e com acesso fácil para os bombeiros. Além da alimentação dos hidrantes, estas cisternas também podem ser usadas para arrefecer as estruturas que estejam próximas das chamas, evitando assim que se propagem.
Além disso é importante que estas cisternas de água estejam sujeitas a uma manutenção periódica, podendo abranger a limpeza e verificação da operacionalidade dos dispositivos, assegurando assim a sua disponibilidade em caso de emergência.
O uso das cisternas para alimentar os hidrantes é uma forma eficaz e de confiança para combater incêndios, que assegura o fornecimento contínuo de água mesmo em situações onde a rede pública de abastecimento esteja debilitada.
Existem países, como os Estados Unidos, onde é obrigatório por lei que edifícios comerciais e industriais tenham cisternas para o combate a incêndios, tendo em vista a segurança de todos os ocupantes do local.
Em Portugal existe legislação própria para este fim. Deixamos aqui a legislação nacional em vigor sobre as disposições legais relativas com a Segurança Contra Incêndios em Edifícios, que engloba as seguintes regras:
Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro – estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios, abreviadamente designado por SCIE, alterado pelo Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro.
Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro – Diploma que efetuou a primeira alteração ao Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, que aprova o regime jurídico da segurança contra incêndio em edifícios.
Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro – aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em Edifícios (SCIE).
No capítulo III – abastecimento e prontidão dos meios de socorro, Artigo 12.º (Disponibilidade de água) desta portaria, é definido em que condições deve ser feito o fornecimento de água para combate a incêndios em edifícios.
A utilização adequada das cisternas para combate a incêndios pode fazer a diferença entre o controle rápido das chamas ou a propagação do fogo, minimizando assim os danos materiais e riscos à vida humana.